A Fascinante História das Cores: Descubra as Origens e Curiosidades

Cris M.

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A Fascinante História das Cores: Descubra as Origens e Curiosidades

As cores são parte integrante do nosso dia a dia, influenciando nossas emoções, percepções e até decisões. Mas você já se perguntou sobre a história das cores e como cada uma recebeu seu nome?

Pois conheça algumas das fascinantes origens e curiosidades por trás dos nomes que usamos para descrever o mundo ao nosso redor.

Este artigo não apenas explora a etimologia dos nomes, mas também a influência cultural, social, econômica e até política que moldou nossa percepção das cores.

A Influência da História e da Cultura nos Nomes das Cores

Cada cor tem uma história única, muitas vezes ligada a eventos históricos, figuras importantes e influências culturais. Entender essa conexão nos permite apreciar as cores de uma maneira muito mais profunda e significativa.

A nomenclatura das cores reflete a complexidade das sociedades humanas, suas interações e a forma como interpretam o mundo natural.

A história por trás do nome “azul royal” é um exemplo perfeito de como a história influencia a história das cores. Este tom de azul intenso ganhou esse nome em homenagem ao azul usado nos uniformes da realeza britânica, um símbolo de nobreza e elegância.

Especificamente, a cor era frequentemente associada à realeza britânica a partir do século XVII, e sua tonalidade rica e vibrante era obtida através de pigmentos caros e raros, como o lapis lazuli. O lapis lazuli era importado do Oriente Médio e seu alto custo o tornava um símbolo de status, reservado para a nobreza e a Igreja.

A associação do azul royal com a realeza não se limitava à Grã-Bretanha, mas também se estendia a outras cortes europeias, consolidando a cor como um símbolo de poder e sofisticação.

Já o “rosa choque” deve sua popularidade à estilista italiana Elsa Schiaparelli, que ousou usar essa tonalidade vibrante em suas criações, marcando uma era na moda.

A história das cores muitas vezes se entrelaça com a moda e o design. Schiaparelli lançou a cor em 1937, inspirada por um diamante chamado “Tête de Bélier” e a utilizou em seu perfume “Shocking”, consolidando o nome e a cor no mundo da moda.

O rosa choque representava uma ruptura com os tons pastel suaves que eram populares na época, simbolizando ousadia, modernidade e a emancipação feminina. A escolha de Schiaparelli de usar essa cor em seus designs revolucionou a moda e influenciou a cultura visual do século XX.

A cor laranja tem uma história interessante que remonta à antiguidade. A própria palavra “laranja” deriva do sânscrito “naranga”, que se referia à árvore de laranjeira.

Antes do final do século XV e início do século XVI, as pessoas nos países de língua inglesa se referiam à cor laranja como “amarelo-vermelho” (geoluread em inglês arcaico). No entanto, com a importação das laranjas pelos mercadores, a cor começou a ser associada à fruta, e o termo “laranja” passou a ser utilizado para descrever a cor.

Este é um exemplo notável de como um objeto natural pode influenciar a linguagem e a percepção das cores. A popularização da cor laranja também está ligada ao desenvolvimento de novos pigmentos sintéticos no século XIX, que tornaram a cor mais acessível e vibrante.

Esta cor vibrante e avermelhada tem uma origem ligada a eventos históricos do século XIX.

A cor magenta recebeu seu nome em homenagem à Batalha de Magenta, travada em 1859 na cidade de Magenta, na Itália. A batalha foi um marco na unificação italiana, e a cor, descoberta no mesmo ano, foi batizada em honra à vitória das forças francesas e italianas contra o Império Austríaco.

A descoberta do corante magenta foi um avanço significativo na química das cores, pois era um dos primeiros corantes de anilina sintéticos. Sua tonalidade intensa e durabilidade o tornaram popular na indústria têxtil e na arte.

O índigo é uma cor azul-magenta que tem uma história rica e complexa, fortemente associada ao comércio e à colonização. O nome “índigo” deriva do grego “indikon”, que significa “da Índia”, pois a planta de onde se extrai o corante índigo é originária da Índia.

Ao longo dos séculos, o índigo foi um dos corantes mais importantes do mundo, usado para tingir tecidos e produzir tintas. No entanto, a produção de índigo também está ligada à exploração e ao trabalho escravo, especialmente nas colônias europeias nas Américas, onde plantações de índigo prosperaram à custa do sofrimento humano.

A história do índigo é um lembrete de como a busca por cores pode estar intrinsecamente ligada a questões sociais e éticas.

Esta cor marrom-escura tem uma origem curiosa e um tanto inusitada. O nome “sépia” deriva do nome de um molusco marinho, a sépia, cuja tinta era utilizada para criar um pigmento de cor marrom.

A tinta de sépia era especialmente popular entre artistas e escritores nos séculos XVIII e XIX, devido à sua tonalidade rica e durabilidade. A tinta de sépia era usada para criar desenhos, aquarelas e até mesmo para tingir fotografias em preto e branco, conferindo-lhes um tom nostálgico e envelhecido.

Hoje em dia, o pigmento de sépia é produzido sinteticamente, mas o nome original permanece como uma lembrança de sua origem marinha.

Esta cor azul-esverdeada recebe seu nome da pedra preciosa turquesa, que por sua vez deriva do francês “pierre turquoise”, que significa “pedra turca”. A turquesa era uma pedra muito apreciada por diversas culturas ao longo da história, desde os antigos egípcios até os povos nativos das Américas.

Acredita-se que a turquesa possua propriedades protetoras e curativas, e é frequentemente associada à boa sorte e à prosperidade. A cor turquesa evoca a beleza e a serenidade das águas cristalinas e dos céus ensolarados.

No Egito Antigo, a turquesa era usada em joias e amuletos, simbolizando proteção e renovação. Já para os povos nativos americanos, a turquesa era uma pedra sagrada, associada à cura e à conexão com o mundo espiritual.

Inspirado no famoso vinho de Bordeaux, na França, o bordô é um tom de vermelho escuro e sofisticado. A região de Bordeaux é conhecida mundialmente pela produção de vinhos tintos de alta qualidade, e a cor bordô evoca a riqueza e a elegância desses vinhos.

O bordô é frequentemente associado à sofisticação, ao luxo e ao requinte, e é uma escolha popular na moda, no design de interiores e em outras áreas onde se busca transmitir uma sensação de elegância e bom gosto.

A cor bordô também pode ser associada à paixão e à sensualidade, tornando-a uma escolha popular para roupas e acessórios de noite.

Este tom vibrante de verde-amarelado recebe o nome do licor francês Chartreuse, produzido pelos monges da Ordem de Chartreuse desde o século XVIII. A receita exata do licor é um segredo bem guardado, mas sabe-se que ele é feito com uma mistura de 130 ervas, plantas e flores.

A cor chartreuse evoca a exuberância da natureza e a complexidade dos sabores do licor, tornando-a uma escolha ousada e sofisticada para design e moda.


A história das cores é uma tapeçaria rica e diversificada, tecida com fios de cultura, história e arte. Ao explorar as origens dos nomes das cores, ganhamos uma nova apreciação pelo mundo que nos cerca e pelas histórias que cada tonalidade tem para contar.

Além disso, entender a história das cores pode enriquecer nossa criatividade e nossa capacidade de comunicação visual, permitindo-nos usar as cores de forma mais consciente e eficaz para expressar nossas ideias e emoções.